Resumo Livro Interface Informática

Página 190 – 240

O jogo “BlindSide” oferece uma experiência única ao situar os jogadores em um mundo distópico onde todos ficam cegos de repente. Sem depender de elementos visuais, a navegação no jogo é guiada por sons, proporcionando uma experiência inclusiva para jogadores cegos e videntes. Utilizando controlos específicos para computador e dispositivos móveis, o jogador move-se no jogo baseando-se apenas em pistas sonoras. A narrativa e a atmosfera são construídas por meio de sons 3D, proporcionando uma sensação imersiva de distância e direção.

Ao analisar o jogo à luz das especificações da AbleGamers para acessibilidade em jogos, observa-se que o “BlindSide” atende a algumas diretrizes, incluindo a inclusão do som do ambiente e a identificação do emissor. No entanto, o jogo não segue todas as especificações, uma vez que não visa a maior quantidade possível de jogadores, mas sim busca criar equidade no acesso para jogadores cegos e videntes. Apesar de não ser uma peça única do design universal, jogos como o “BlindSide” oferecem uma alternativa para expandir o acesso aos jogos, promovendo inclusão social ao proporcionar uma experiência mais abrangente para um público diversificado.

A assistente virtual Siri, integrada no sistema operacional iOS da Apple, oferece uma alternativa de acesso por meio de comandos de voz, permitindo a execução de diversas funções no dispositivo. Ativada pelo botão central do aparelho, a Siri utiliza inteligência artificial para simular uma conversa com o utilizador. Essa interação por comando de voz não apenas facilita tarefas cotidianas no smartphone, mas também torna o dispositivo mais acessível para utilizadores com restrições sensoriais. Ao produzir saída em texto e áudio, a Siri beneficia pessoas com dificuldades visuais, já que as informações faladas são exibidas em formato de texto.

A assistente digital simplifica o acesso a tarefas comuns, tornando-o mais rápido e fácil, beneficiando não apenas utilizadores plenos, mas também aqueles com dificuldades de interação convencional. Embora não cubra todas as aplicações do dispositivo e certas tarefas dependentes da visualidade, a Siri destaca-se em funções essenciais de um smartphone, incluindo chamadas telefónicas, mensagens de texto e interações por voz.

Resumo Livro Interface Informática

Página 150 – 190

A inovação social, quando impulsionada por movimentos sociais poderosos, tem o potencial de ser uma fonte de transformação social a longo prazo. No contexto brasileiro, o mercado de tecnologia assistiva para pessoas com deficiência física apresenta um considerável potencial econômico, estimado em mais de 5 bilhões de reais ao ano. O crescimento desse setor é notável, especialmente após as Paraolimpíadas de 2016.

A inovação tecnológica na área de tecnologia assistiva não apenas contribui para o desenvolvimento econômico do país, mas também desempenha um papel crucial na promoção da inclusão digital. O texto destaca a importância não apenas da inovação tecnológica, mas de avanços que contribuam para a inovação social no Brasil.

Um exemplo notável de como a inovação social pode impulsionar a inclusão digital é a história do professor Daniel Ribas, que, apesar de sua deficiência visual, superou barreiras educacionais significativas. Através de iniciativas como cursos online acessíveis, como o oferecido pelo Núcleo de Ensino a Distância (NEaD) da Unesp, pessoas com deficiência visual podem ter acesso a educação de forma autônoma.

Essas iniciativas destacam a importância da tecnologia assistiva na promoção da inclusão e funcionalidade para pessoas com deficiência visual ou auditiva, abordando a falta de dispositivos que facilitem sua inserção na sociedade.

Devido à natureza visual dos artefatos digitais, como videojogos e smartphones, muitos produtos universais buscam inclusão para usuários com dificuldades visuais. Exemplos notáveis incluem o software Siri nos iPhones da Apple e o jogo BlindSide, projetados para proporcionar experiências equivalentes a usuários com e sem deficiências visuais.

A análise desses casos visa entender a universalidade de acesso, examinando elementos da arquitetura de interface. O estudo de caso, conforme definido por Yin, envolve uma investigação profunda de eventos específicos, utilizando diversas fontes de pesquisa. No contexto deste estudo, a análise se concentra em aspectos específicos e estruturais.

Seguindo uma abordagem inspirada no modelo de análise de jogos digitais do MIT OpenCourseWare, as etapas incluem extensivos testes do software, definição do tipo de análise (estudo de caso), contextualização do objeto, visão geral de funcionamento e elementos formais, concluindo a análise.

Dessa forma, o texto propõe uma análise detalhada da arquitetura de interface desses artefatos digitais, explorando como eles abordam a universalidade de acesso, com foco específico em elementos estruturais e de funcionamento.

Resumo Livro Interface

Página 80- 150

O Decreto Nº 5.296/04, de 02 de dezembro de 2004, define o design universal como a capacidade de conceber produtos e ambientes que sejam utilizáveis por uma ampla gama de pessoas, sem a necessidade de adaptação. O Centro de Desenho Universal (CUD, 2016) estabeleceu sete princípios do design universal em 1997, visando apoiar a concepção de produtos e ambientes que atendam a diversas habilidades:

  1. Uso equitativo: Design útil para pessoas com diversas habilidades.
  2. Flexibilidade de uso: Acomodação de diferentes preferências e habilidades individuais.
  3. Uso simples e intuitivo: Design de fácil compreensão, independente da experiência do usuário.
  4. Informação perceptível: Comunicação eficaz da informação necessária, independentemente das condições sensoriais.
  5. Tolerância ao erro: Minimização de perigos e consequências adversas de ações acidentais.
  6. Baixo esforço físico: Uso eficiente, confortável e com mínimo de fadiga.
  7. Tamanho e espaço para aproximação de uso: Proporciona tamanho e espaço adequados para diferentes corpos, posturas e mobilidades.

O design de interação, ao incorporar esses princípios, busca diminuir barreiras e ampliar o alcance para diversos tipos de usuários. Com uma abordagem multidisciplinar, o objetivo é criar artefatos interativos que promovam um design mais democrático e acessível, reconhecendo que todas as pessoas têm algum tipo de limitação, seja física, mental, motora ou de conhecimento.

O conceito de inovação social implica uma mudança inovadora na forma de abordar questões econômico-sociais, oferecendo soluções criativas que beneficiam o bem-estar das pessoas e comunidades. No contexto tecnológico, a distância digital entre aqueles que têm e não têm acesso à tecnologia contribui para a desigualdade social, destacando a importância da inclusão digital.

A inclusão digital, particularmente para a população carente, é vista como uma perspectiva transformadora, promovendo oportunidades de vida melhores. A exclusão digital, representada pelo abismo entre ricos e pobres, torna-se uma barreira significativa para a ascensão social, privando as pessoas do acesso às ferramentas essenciais da revolução tecnológica.

Artigos ressaltam a mudança no uso da tecnologia do ambiente profissional para o pessoal e a necessidade urgente de evitar que os desfavorecidos se vejam ainda mais prejudicados. No entanto, a exclusão digital persiste como um desafio, impedindo o acesso uniforme à informação, aprendizado e interação.

A divisão entre ricos e pobres de informação, chamada de “marginalização informacional”, é uma preocupação, e a sociedade busca mitigar essa disparidade por meio de ações de inclusão social e digital. A inclusão digital é vista como um meio de ampliar a cidadania, combater a pobreza e fortalecer o desenvolvimento local.

Diante desse contexto, o texto questiona a interligação entre inclusão social e inclusão digital, explorando seus propósitos, metodologias e grupos sociais beneficiados. A dúvida central é se a inclusão digital é, de fato, um caminho para a inclusão social.

Resumo

Página 40-80

Rogers et al. (2013) traçam os seus princípios essenciais do design de interação, incluindo visibilidade, feedback, restrições, consistência e affordance, que servem como diretrizes para os designers na criação de interfaces. Os autores destacam atividades fundamentais no processo de design de interação, como identificar necessidades e estabelecer requisitos, compreendendo os utilizadores-alvo e levantando dados sobre suas necessidades.

As etapas seguintes incluem o desenvolvimento de designs alinhados com esses requisitos, criando ideias que atendam às necessidades e a criação de um modelo conceitual para o produto. A construção de versões interativas segue, permitindo que sejam compartilhadas e avaliadas quanto à sua aceitabilidade e usabilidade.

Rogers et al. (2013) enfatizam a importância da disciplina no design de interação, considerando-a fundamental para todas as áreas relacionadas à pesquisa e projeto de sistemas computacionais. Destacam que é a interseção central entre diversas disciplinas, desempenhando um papel crucial no desenvolvimento da interação.

O design de interação destaca a preocupação crucial com a acessibilidade, visando tornar os produtos interativos acessíveis ao maior número possível de pessoas, especialmente aquelas com limitações físicas, sensoriais ou motoras. A acessibilidade, definida como “ausência de barreiras que garante a igualdade de oportunidades”, é fundamental, conforme destacado pela Lei nº 13.146 de 2015.

A Lei nº 13.146 define deficiência como a “redução, limitação ou inexistência das condições de percepção das características do ambiente”, incluindo mobilidade e utilização de edificações, espaço e equipamentos urbanos.

Rogers et al. (2013) salientam que é comum abordar a acessibilidade no design de interação focalizando em limitações visuais e dificuldades de locomoção, mas destacam a importância de considerar uma ampla variedade de usuários, como idosos, pessoas com daltonismo, obesidade, dislexia, entre outras. Tratar essas particularidades pode ser desafiador, mas oferece uma oportunidade valiosa para o design responder às diversas necessidades das pessoas.

O design de interação visa contribuir para a sociedade, oferecendo soluções que não apenas beneficiam utilizadores com limitações evidentes, mas também melhoram a vida de utilizadores comuns. Sistemas computacionais, como softwares, aplicações móveis e jogos, têm a vantagem de serem facilmente adaptáveis, em contraste com produtos físicos ajustáveis, como meios de transporte, que são dispendiosos e muitas vezes não atendem a diversas necessidades.

Nesse contexto, o design universal surge como uma abordagem que pode enriquecer o design de interação, seguindo princípios fundamentais para o desenvolvimento de artefatos interativos que atendam a uma ampla variedade de utilizadores. O Centro de Desenho Universal da Universidade da Carolina do Norte define o design universal como a criação de produtos e ambientes para serem utilizados por todas as pessoas, na maior medida possível, sem a necessidade de adaptação ou design especializado.

Resumo

Página 1 – 40

Introdução :

“Design de Interação: Além da Interação Humano-Computador”, escrito por Dan Norman e Donald A. Norman, é uma obra abragente que explora os príncipios e práticas fundamentias do design de interação. O livro aprofunda o mundo complexo das relações entre seres humanos e computadores, fornecendo insights valiosos para profissionais e estudantes nesta área.

Os autores destacam a importância do design centrado no utilizador, realçando a necessidade de compreender as necessidades e expectativas dos utilizadores ao criar interfaces. Ao longo das páginas iniciais, são abordadas teorias psicológicas relevantes à interação Humano-Computador, oferencendo uma base sólida para o entendimento dos fatores que influenciam a usabilidade.

Além disso, o livro explora métodos iterativos de design, reconhecendo a importância do processo contínuo de revisão e aprimoramento. Os autores orientam os leitores na criação de interfaces intuitivas, eficazes e agradáveis, destacando a necessidade de considerar a experiência do utilizador em cada etapa do desenvolvimento.

A avaliação de interfaces também é discutida, apresentando ferramentas e técnicas para medir a eficácia e a usabilidade de um design. O livro oferece estudos de caso e exemplos práticos para ilustrar conceitos teóricos, tornando o material acessível e aplicável.

Em resumo, “Design de Interação” é uma leitura essencial para quem procura aprofundar os seus conhecimentos na criação de interfaces de qualidade. Os autores proporcionam uma visão abragente, reforçada por insights práticos, tornando o livro valioso tanto para estudantes como profisisonais que desejem aprimorar as suas habilidades no campo da interação humano-computador.

Design de Interação e Design Universal :

Design de interação define-se como sendo o processo de projetar produtos interativos que facilitam a comunicação e interação diárias das pessoas, tanto em casa como no trabalho. O objetivo principal do design de interação é desenvolver produtos utilizáveis, ou seja, fáceis de aprender, eficazes e que proporcionem uma experiência agradável ao utilizador. Este segmento de design aborda a interação entre o ser humano e diversos tipos de artefatos, sejam dispositivos digitais ou analógicos, como televisões, calculadoras, websites, aplicações, entre outros. Muitos desses dispositivos são híbridos, combinando interfaces físicas e digitais em um único produto, onde a eficácia frequentemente depende da integração bem-sucessida entre esses elementos.