Theater é considerado tão negligente e míope quanto que só
valoriza a obra de Europeus Brancos do Sexo Masculino Mortos.
Certamente é possível falar sobre a televisão sensacionalista e o
romance como análogos tendo que admitir que Beavis e Butt-head
no cânone das Grandes Obras. O Shakespeare foi considerado a MTV de seu tempo os como os aficcionados do pop gostam de relembrar, isso não significa
necessariamente que a recíproca seja verdadeira.
Qualquer pessoa que pense seriamente que a MTV é o Shakespeare do tempo atual
provavelmente faria bem em desligar o cabo da televisão por alguns meses, só para pôr tudo isso em perspetiva.
Apesar das pregações das cassandras pop, a mediocridade geral das formas parasitas não é um sinal do declínio da civilização ocidental, ou da estreiteza da mente
norte-americana. Os programas podem ser considerado na sua maioria tolos e unidimensionais, e comparado só um pouco melhor do que a interrupção de um espetáculo teatral por um bêbado, mas não e deve lançar a culpa por essas limitações sobre alguma
conspiração para “idiotizar” nosso entretenimento de massa. Se as suas metáforas acabarem de fato ficando aquém dos gabaritos culturais costumeiros e todos os resultados iniciais indicam que ficarão com a deficiência que sugere um padrão mais
interessante, que chega a funcionar quase como uma lei geral na evolução dos tipos de meios de comunicação. As metaformas parecem tão decepcionantes porque estão assumindo uma missão simbólica que excede a capacidade de seu meio.
Os novos parasitas continuam parasitas porque são, numa palavra, quentes demais para seu ambiente. Flutuam por nossas telas de televisão como sugestões e insinuações, um vislumbre do futuro escondido nas roupas gastas e restritivas do passado, como um
corpo cubista ataviado com espartilhos e renda. São fantasmas de tecnologias que estão por vir.