DESIGN DE INTERFACES

O RELEVO DA COERÊNCIA GRÁFICA NO DESENVOLVIMENTO DAS INTERFACES DE UMA MARCA

Páginas 12 à 20

Com base na leitura feita, pude resumir os conteúdos do livro com o titulo acima citado da página 12 à págia 20.
O resumo foi feito de tema em tema para melhor compreensão, começando de : 1.1-Definição dos termos‘design’ e ‘gráfico’; 1.2-O designer de comunicação visual; “1.3 A MARCA”1.3.1 Breve enquadramento histórico; 1.3.2 a marca e o significado dos termos
imagem e identidade corporativa; 1.3.3-A importância da marca
e da sua comunicação; 1.3.4-A importância do “Branding”
(marca) para o sucesso comercial

  1. DESIGN GRÁFICO

1.1-DEFINIÇÃO DOS TERMOS
‘DESIGN’ E ‘GRÁFICO’

O termo “Design Gráfico” refere-se à prática de planejar, coordenar e organizar diversos elementos com o intuito de criar objetos visuais destinados à comunicação. Enquanto “design” abrange o processo de programação, seleção e organização para produzir comunicações visuais, o termo “gráfico” não se limita a desenhos, gravuras ou ornamentos, mas à produção de objetos visuais para comunicar mensagens específicas. Podendo entender que, o Design Gráfico consiste na criação de elementos visuais com o propósito de comunicação.

1.2-O DESIGNER DE COMUNICAÇÃO VISUAL

O profissional denominado “Designer de Comunicação Visual” desempenha a atividade de comunicação por meio de design, unindo três elementos essenciais: um método (desenho), um objetivo (comunicação) e um campo (o visual). Esse profissional comunica e projeta com foco nas pessoas, seguindo os princípios fundamentais estabelecidos por Donald Norman: fornecer um modelo conceptual eficaz e tornar as coisas visíveis. Assim, através de métodos próprios, o designer constrói mensagens visuais para comunicação, como destacado por Jorge Frascara.

1.3-A MARCA
1.3.1-BREVE ENQUADRAMENTO HISTÓRICO

Em 1907, Emil Rathenau, diretor da AEG (“Allgemeine Elektricitäts-Gesellschaft” uma das pioneiras empresa na indústria elétrica alemã), formou a primeira equipe consultiva para imagem corporativa ao contratar Peter Behrens e Otto Neurath, marcando um avanço nesse campo. Após a Segunda Guerra Mundial, designers individuais, como Giovanni Pintori, contribuíram significativamente para a imagem corporativa, exemplificado pelos pôsteres da Olivetti Corporation, revolucionando não só o design gráfico, mas também o de produto e arquitetônico. Nos Estados Unidos, entre os anos 50 e 60, designers como Paul Rand, Lester Beall e Saul Bass, junto a empresas como Lippincott & Margules e Chermayeff & Geismar, elevaram a identidade corporativa a um patamar profissional. Paul Rand, em particular, teve um papel fundamental na evolução do design de marcas no século XX. Essas contribuições foram essenciais para o desenvolvimento do design de identidade corporativa e marcas.

A compreensão da evolução do termo ‘imagem corporativa’ está profundamente ligada às transformações culturais ao longo do tempo. Além dos exemplos citados, Paul Rand foi responsável pela criação do logo da IBM em 1956, destacando a evolução da identidade corporativa da empresa ao longo dos anos. Outro exemplo significativo foi o trabalho de Lester Beall para a marca Caterpillar, onde ele desenvolveu um símbolo para representar todos os produtos da empresa, desde máquinas pesadas até material de escritório, refletindo a essência dos negócios da Caterpillar. Esses casos ilustram como o design de identidade corporativa evoluiu e se tornou crucial para transmitir a essência e a presença de uma empresa em diversos contextos.

1.3.2-A MARCA E O SIGNIFICADO DOS TERMOS
IMAGEM E IDENTIDADE CORPORATIVA

Os termos ‘Imagem Corporativa’ e ‘Identidade Corporativa’ têm sido interpretados de formas diversas ao longo do tempo e, muitas vezes, são confundidos devido à novidade da disciplina do Design. Enquanto a identidade corporativa representa a organização como um todo, a imagem corporativa reflete as formas de representação desenvolvidas pelos públicos-alvo, sendo o primeiro um aspecto interno e o segundo externo, como referido por Daniel Raposo.

O termo ‘Imagem Corporativa’ parece ter surgido na década de 1950 e foi inicialmente usado por Walter Margulies para descrever programas complexos e coesos de design resultantes de investigação e análise. A evolução do termo ‘Identidade Corporativa’ está relacionada com transformações sociais e culturais, abordando as mudanças funcionais e simbólicas.

A identidade corporativa vai além de um simples símbolo visual, sendo tangível e apelando aos sentidos, unificando elementos em sistemas completos que amplificam a diferenciação e tornam significados acessíveis. É a forma como uma empresa se relaciona com seus clientes, criando emoções e percepções. A marca estabelece uma relação emocional com os consumidores, transmitindo valores e afirmações sociais e psicológicas.

Frederico D’Orey destaca a relevância crescente da marca em um contexto onde produtos se assemelham, ciclos de vida são mais curtos e a fidelidade dos clientes diminui. Uma marca é mais do que um logotipo; é uma proposta para uma experiência e um conjunto de valores associados a uma organização, bens ou serviços na mente dos consumidores.

Além disso, a palavra ‘símbolo’ é frequentemente mal interpretada, confundida com signos, marcas ou sinais de descobertas científicas. Todos esses termos continuam a evoluir conforme a transformação cultural, sociológica e tecnológica, especialmente no contexto do desenvolvimento da internet e outras mudanças sociais, influenciando o campo do Design.

Resumindo, esses conceitos fundamentais – marca, símbolo, imagem corporativa e identidade corporativa – estão em constante evolução, moldados pelas mudanças culturais e sociais, redefinindo-se no contexto dinâmico do Design e da sociedade contemporânea.

1.3.3-A IMPORTÂNCIA DA MARCA
E DA SUA COMUNICAÇÃO

A marca é muito mais do que um símbolo visual; é a promessa, a grande ideia e as expectativas que residem na mente de cada consumidor, representando produtos, serviços ou uma empresa. Assim como a escrita manual, a marca carrega consigo significado e representa algo, embora nem tudo se comunique visualmente.

De acordo com Costa, tudo ao nosso redor comunica, mas nem tudo transmite mensagens explícitas; elementos como signos e símbolos têm a capacidade de comunicar algo que não está claramente expresso na mensagem, sendo interpretado com base no significado ou simbolismo. O significado é uma construção autônoma do indivíduo perante os estímulos do ambiente, sejam naturais ou artificiais, onde os estímulos podem ser interpretados de formas diversas.

Quando uma marca busca comunicar algo, ela estuda vários campos relativos ao assunto para efetivamente transmitir sua mensagem, utilizando significados implícitos no senso comum dos signos que as pessoas reconhecem. Muitos significados não são comunicados diretamente, mas deduzidos pela experiência empírica do ser humano. Estas formas eficazes de comunicação são criadas a partir da capacidade de dedução e interpretação do homem em relação ao ambiente que o rodeia.

Em suma, a marca é um complexo de significados e expectativas que se instauram na mente do consumidor, transmitindo mensagens e promessas, e é interpretada através de uma gama diversificada de signos e símbolos, gerando significados que vão além da comunicação direta.

1.3.4 A IMPORTÂNCIA DO “BRANDING”
(MARCA) PARA O SUCESSO COMERCIAL

Segundo Daniel Raposo, a marca desempenha três funções principais: Distinção, Descrição (que se divide em Categoria e Atributo) e, por conseguinte, pode ver o seu significado modificado ao longo do tempo devido a vários fatores, já que seus públicos consideram a performance da empresa e seus produtos, independentemente da intenção do emissor.

Em uma perspectiva mais comercial e associada ao branding, Alina Wheeler destaca que uma marca forte se destaca em um mercado competitivo, conquistando a confiança e a lealdade das pessoas, independentemente de ser uma startup, organização sem fins lucrativos ou produto. Ela sublinha que uma marca é crucial para o sucesso, afetando diretamente a percepção e a decisão do consumidor.

Wheeler, em linha com a perspectiva de marketing explicada por Raposo, reconhece três funções fundamentais da marca: Navegação (auxilia na escolha entre opções apresentando-se e se distinguindo), Reafirmação (comunica a qualidade do produto ou serviço e reforça a importância da escolha) e Compromisso (usa imagens, linguagem e associações para que os clientes se identifiquem e se comprometam com a marca).

As marcas desempenham papéis essenciais no mercado, influenciando a decisão do consumidor, comunicando qualidade e diferenciando-se para criar identificação e comprometimento com os consumidores.

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