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5ºresumo
A Psicopatologia dos objetos do quotidiano
O texto aborda a frustração de um casal ao lidar com uma máquina de lavar e secar roupas que, apesar de ter um design complexo e avançado, era difícil de usar devido à falta de clareza nos controles e na operação. O marido, psicólogo industrial, se recusava a lidar com a máquina, enquanto a esposa, médica, apenas memorizava um ajuste específico, ignorando o restante dos controles.
Apesar do esforço dos designers em considerar uma ampla variedade de tecidos e criar um design aparentemente avançado, a máquina falhava na usabilidade real. O autor argumenta que os fabricantes precisam entender que a experiência do usuário é fundamental e que um design ineficiente pode levar as pessoas a não usarem ou evitarem determinados produtos, apesar de suas capacidades técnicas.
O texto enfatiza a importância da visibilidade nos produtos, ou seja, a clareza e a facilidade de uso dos controles e das operações para que os usuários possam entender como interagir com o aparelho de forma intuitiva. Além disso, destaca que um excesso de visibilidade, resultando em muitos dispositivos e opções, pode ser tão intimidante quanto a falta dela.
Vinte mil objetos do quotidiano
O texto destaca a vasta quantidade de objetos comuns do cotidiano, enfatizando a complexidade por trás de cada um deles. O autor convida o leitor a observar ao seu redor para notar a diversidade e a quantidade de objetos presentes em um ambiente comum, desde itens de iluminação, eletricidade, utensílios de escrita, roupas com diferentes fechos e funcionalidades, mobília, utensílios de cozinha, até itens de escritório, entre outros.
O autor ressalta que cada objeto, por mais simples que possa parecer, possui seu próprio método de operação, necessitando ser aprendido e projetado separadamente. Ele menciona alguns exemplos, como um grampeador de mesa com 16 componentes, um ferro doméstico com 15 e a simples combinação de banheira e chuveiro com 23.
A ênfase está na ideia de que cada objeto requer sua própria atenção e design especializado, cada um com sua função específica, e que a diversidade e complexidade dos objetos do cotidiano podem passar despercebidas, mas contribuem para a variedade de habilidades e conhecimentos necessários para operá-los e utilizá-los de maneira eficaz.
Em resumo, o texto enfatiza a importância do design centrado no usuário, destacando que a visibilidade clara das funções e operações é essencial para uma experiência satisfatória do usuário, independente das capacidades técnicas avançadas do produto.
Modelos conceituais
mapeamentos. Examinem comObservem a bicicleta muito estranha apresentada na ilustração 1.4. Você sabe que ela não funcionará porque você forma um modelo conceitual do veículo e, mentalmente, simula sua operação. Você pode fazer a simulação porque as partes componentes estão visíveis e as implicações, claras.
Outras indicações sobre como as coisas funcionam vêm de sua estrutura visível – em particular de affordances, coerções e
atenção um par de tesouras: mesmo que você nunca as tenha visto ou usado antes, pode perceber que o número de ações possíveis é limitado. Os buracos claramente estão lá para enfiar alguma coisa neles, e as únicas coisas lógicas que caberão neles são dedos. Os buracos são affordances: eles permitem que os dedos sejam inseridos. Os tamanhos dos buracos são coerções para limitar os dedos possíveis: o buraco grande sugere vários dedos, o buraco pequeno só um. O mapeamento entre buracos e dedos – o conjunto de operações possí- veis- é sugerido e limitado pelos buracos. Além disso, a operação não é sen- sível ao posicionamento de dedos: mesmo se você usar os dedos errados, a tesoura funcionará. Você consegue descobrir como usar a tesoura porque suas peças de manejo são visíveis e as implicações, claras. O modelo conceitual é feito de maneira a tornar-se evidente, e há uso eficaz de affordances e coerções.
Agora, como um exemplo do contrário, examinem o relógio digital, um que tenha de dois a quatro botões de controle na frente ou do lado. Para que servem esses botões de pressionar? Como você acertaria a hora? Não há como dizer – nenhum relacionamento evidente entre os controles de operação e as funções, quaisquer coerções ou impedimentos, nenhum mapeamento apa- rente. Com a tesoura, mover as alças faz com que as lâminas se movam. relógio e o projetor de slides Leitz não fornecem qualquer relacionamento visível entre os botões e as ações possíveis, nem qualquer relacionamento dis- cernível entre as ações e o resultado final.