Resumo

Página 40-80

Rogers et al. (2013) traçam os seus princípios essenciais do design de interação, incluindo visibilidade, feedback, restrições, consistência e affordance, que servem como diretrizes para os designers na criação de interfaces. Os autores destacam atividades fundamentais no processo de design de interação, como identificar necessidades e estabelecer requisitos, compreendendo os utilizadores-alvo e levantando dados sobre suas necessidades.

As etapas seguintes incluem o desenvolvimento de designs alinhados com esses requisitos, criando ideias que atendam às necessidades e a criação de um modelo conceitual para o produto. A construção de versões interativas segue, permitindo que sejam compartilhadas e avaliadas quanto à sua aceitabilidade e usabilidade.

Rogers et al. (2013) enfatizam a importância da disciplina no design de interação, considerando-a fundamental para todas as áreas relacionadas à pesquisa e projeto de sistemas computacionais. Destacam que é a interseção central entre diversas disciplinas, desempenhando um papel crucial no desenvolvimento da interação.

O design de interação destaca a preocupação crucial com a acessibilidade, visando tornar os produtos interativos acessíveis ao maior número possível de pessoas, especialmente aquelas com limitações físicas, sensoriais ou motoras. A acessibilidade, definida como “ausência de barreiras que garante a igualdade de oportunidades”, é fundamental, conforme destacado pela Lei nº 13.146 de 2015.

A Lei nº 13.146 define deficiência como a “redução, limitação ou inexistência das condições de percepção das características do ambiente”, incluindo mobilidade e utilização de edificações, espaço e equipamentos urbanos.

Rogers et al. (2013) salientam que é comum abordar a acessibilidade no design de interação focalizando em limitações visuais e dificuldades de locomoção, mas destacam a importância de considerar uma ampla variedade de usuários, como idosos, pessoas com daltonismo, obesidade, dislexia, entre outras. Tratar essas particularidades pode ser desafiador, mas oferece uma oportunidade valiosa para o design responder às diversas necessidades das pessoas.

O design de interação visa contribuir para a sociedade, oferecendo soluções que não apenas beneficiam utilizadores com limitações evidentes, mas também melhoram a vida de utilizadores comuns. Sistemas computacionais, como softwares, aplicações móveis e jogos, têm a vantagem de serem facilmente adaptáveis, em contraste com produtos físicos ajustáveis, como meios de transporte, que são dispendiosos e muitas vezes não atendem a diversas necessidades.

Nesse contexto, o design universal surge como uma abordagem que pode enriquecer o design de interação, seguindo princípios fundamentais para o desenvolvimento de artefatos interativos que atendam a uma ampla variedade de utilizadores. O Centro de Desenho Universal da Universidade da Carolina do Norte define o design universal como a criação de produtos e ambientes para serem utilizados por todas as pessoas, na maior medida possível, sem a necessidade de adaptação ou design especializado.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *